O papel do psicólogo no CRAS e no CREAS

O papel do psicólogo no CRAS e no CREAS

A Psicologia Social brasileira tem sofrido alterações no modo de atuação e de compreender o ser humano, isso em conjunto com as transformações no meio social e em decorrência da inserção de políticas públicas na área. Dentre essas políticas públicas se insere o campo do Desenvolvimento Social. 

Aliás, foi a partir das transições políticas e sociais e mediante o atendimento realizado com famílias em situação de pobreza, desigualdade e marginalidade social que, por intermédio do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) foi implementado no Brasil.

Com o intuito de atender as famílias em situação de vulnerabilidade social e ser uma base a elas, as ações sociais são desenvolvidas em equipamentos socioassistenciais como os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e os Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). 

Mas quais as diferenças entre eles?

Tanto o CRAS quanto o CREAS são centros de equipamentos socioassistenciais, mas cada um destes possui demandas de trabalho diferentes. Enquanto o CRAS possui ações com o olhar para a prevenção, por meio do monitoramento das famílias e a promoção de atividades que integrem os envolvidos, o CREAS desenvolve apoio e orientação especializada, tendo em vista que os riscos já foram comprovados, como por exemplo a violência doméstica, negligência e abuso sexual.

Enumeramos algumas ações dos órgãos:

CRAS

- Acompanhamento familiar;
- Desenvolvimento de grupos com idosos e crianças do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV);
- Visitas domiciliares.

CREAS 

- Direcionamento legal de vítimas de violência;
- Acompanhamento;
- Desenvolvimento de ações em prol dos direitos humanos.

O trabalho do psicólogo

A publicação do Conselho Federal de Psicologia (CFP), intitulada "Referências técnicas para atuação do psicólogo (a) no CRAS/SUAS", traz as diretrizes da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), no qual pode ser identificado a colaboração do psicólogo para o cumprimento desta política.

No CRAS, sua atuação é pautada no acolhimento das famílias e na participação das visitas com o objetivo de monitorá-las; em desenvolver e coordenar oficinas de diferentes artefatos; realizar atendimentos individuais de caráter emergencial; coordenar e direcionar a equipe para o cumprimento de suas funções; estimular a comunicação; desenvolver projetos e, em conjunto com a equipe do socioassistencial, procurar meios para estimular a autonomia e a consciência cidadã.

E no CREAS, o profissional da psicologia pode e deve escutar; conduzir; nortear os indivíduos e as famílias que já fazem parte de situações comprovadas de risco; além disso, promover grupos de apoio entre os diferentes tipos de pessoas, visando o acolhimento entre elas e a busca por superação. 

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